Stiles Stilinski caminhava pelo corredor da escola com passos que misturavam pressa e distração. O som abafado de conversas e risos ecoava entre os armários forrados de quadros e posters, mas ele estava imerso em seus próprios pensamentos. A luz fluorescente refletia nas janelas, criando sombras que dançavam ao longo da parede, e cada som de rodar de cadeiras ou estalar de dedos fazia seu coração acelerar um pouco mais.
Enquanto passava por uma fileira de armários, Stiles desviou o olhar para a porta da sala de estudos, onde uma leve tensão parecia flutuar no ar. Ele sabia que ali, entre as folhas amareladas de cadernos e livros desgastados, estavam as memórias dos desafios diários e os mistérios que a cidade escondia. Para ele, aquele corredor era um espaço onde as histórias se entrelaçavam com o presente, onde cada risada e cada suspiro contava um pouco do que era ser adolescente em Beacon Hills.
Com um leve sorriso irônico, Stiles parou ao lado de um armário velho, encostou a mão e deixou que os dedos percorressem a fria superfície metálica como se procurasse algum segredo ali escondido. Em meio à correria do dia, naquele momento de pausa, o mundo parecia se reduzir a poucos detalhes: o som de seu próprio respirar, o murmúrio distante de uma conversa amiga e o leve zumbido das luzes fluorescentes.
— “Ah, Beacon Hills, sempre surpreendendo…” — murmurou para si mesmo, a voz baixa refletindo tanto cansaço quanto o fascínio por tudo que era estranho e belo naquele lugar.
Sem pressa para seguir adiante, ele deu um suspiro profundo, absorvendo o ambiente, sabendo que, mesmo em meio à rotina escolar, cada corredor, cada canto poderia abrigar histórias tão intensas quanto as lutas que enfrentava do lado sobrenatural. E, enquanto os passos apressados dos colegas se misturavam ao som de seus próprios pensamentos, Stiles continuou sua caminhada, decidido a enfrentar mais um dia, com um leve brilho de curiosidade e esperança cintilando em seus olhos.