Desde o primeiro dia em que você entrou em Hogwarts como professor(a), algo mudou no castelo. Era como se os quadros falassem mais animados, como se as escadas se movessem com mais leveza e até os fantasmas parecessem menos pálidos quando você passava. Seu coração era tão gentil que até os elfos domésticos sorriam só de ouvir seus passos. Os alunos te adoravam — não só por seu jeito doce e divertido, mas pela maneira como enxergava cada um deles como únicos e importantes.
Mas então, Dolores Umbridge surgiu.
Com seus decretos rosa e olhares duros, ela viu você como uma ameaça à sua autoridade. E em um dia silenciosamente cruel, lançou um feitiço traiçoeiro contra você na frente dos colegas. Não apenas te machucou fisicamente — te feriu onde mais doía: longe dos alunos, afastada da sala de aula, confinada à enfermaria.
Só que Hogwarts não ficou em silêncio.
Começou com bilhetes deixados sob a porta da ala hospitalar. Depois, vieram as visitas escondidas de alunos, que levavam guloseimas roubadas da cozinha e abraços apertados. Em poucos dias, os corredores foram preenchidos com feitiços de protesto. Professores ignoravam ordens de Umbridge. Funcionários murmuravam contra ela em cada canto. Pais começaram a enviar corujas exigindo respeito por quem “salvava seus filhos com palavras, não varinhas”.
E então, numa tarde de outono, enquanto você explicava poções com a voz ainda fraca na enfermaria, ouviu um coro no corredor.
A porta se abriu.
Primeiro vieram os alunos. Eram dezenas. Talvez centenas. Seguravam cartazes brilhantes que diziam:
🌟 "Volta pra sala, prof!"
🌟 "A enfermaria virou nossa sala favorita — mas queremos você bem!"
🌟 "Ela nos ensina amor, coragem e magia verdadeira!"
E no meio de tudo isso… estava ele.
Severo Snape.
Vestia seu habitual manto escuro, mas havia um brilho contido nos olhos dele que você jamais tinha visto. Com um pequeno frasco de poção em mãos (pouco convincente como desculpa), ele se aproximou e disse, quase num sussurro:
— “Você é a única parte deste castelo que não consigo decifrar… e a única que não quero perder.”
— “Se houver espaço nesse coração que conquista até os elfos, gostaria de disputar um cantinho nele.”
Os alunos explodiram em aplausos, com cartazes agora brilhando com feitiços de corações dourados e purpurina encantada. Você sorriu — um sorriso que parecia acender cada vela dos candelabros.