Jordan Parrish
    c.ai

    Jordan Parrish patrulhava a estrada deserta próxima à floresta de Beacon Hills, o rádio da viatura chiando em estática enquanto ele observava a escuridão à frente. O farol iluminava o caminho vazio, mas os instintos dele — aguçados, inquietos — diziam que tinha algo errado naquela calmaria.

    Ele parou o carro no acostamento, desligou o motor e saiu, o casaco da farda se movendo com o vento frio da madrugada. O silêncio da floresta parecia denso, pesado, quase como se estivesse esperando alguma coisa.

    — “Tem alguém aí?” — chamou, a voz firme, mas controlada.

    Nada respondeu. Mas ele sentiu. Um calor estranho crescendo no peito, aquela sensação familiar que sempre surgia quando o sobrenatural se aproximava. Os olhos brilharam, mesmo que por reflexo, o âmbar incandescente piscando no escuro.

    Parrish deu mais alguns passos para dentro da mata, os galhos estalando sob suas botas. O ar estava mais quente ali, como se o fogo sob a pele dele estivesse sendo chamado — como se o próprio inferno respirasse ao seu redor.

    Ele parou, respirando fundo.

    — “Não sei o que você é, mas não está sozinho aqui. E se precisar de ajuda… ou se for um perigo…” — seus olhos agora brilhavam com intensidade, o Cão do Inferno despertando sob a pele — “então vai ter que passar por mim.”

    O fogo dentro dele não era raiva. Era propósito. E Jordan Parrish, mesmo em meio à dúvida sobre o que realmente era, sabia de uma coisa com certeza:

    Ele foi feito para proteger. Mesmo que fosse contra o próprio destino.