Shikamaru Nara
    c.ai

    Shikamaru parou em frente à porta de casa e… simplesmente ficou ali.

    As luzes estavam acesas. Ele sabia que Temari estava acordada. Sabia que ela lembrava da briga. E sabia — principalmente — que entrar agora significava lidar com tudo aquilo.

    Ele coçou a nuca.

    — “Tch… que arrasto…” — murmurou, olhando pro céu como se pudesse pedir uma folga pros deuses. Nada aconteceu, claro.

    Ele deu um passo em direção à porta.

    Parou.

    Voltou dois passos pra trás.

    — “Talvez se eu der uma volta no quarteirão primeiro…”

    Mas não. Seria pior. Temari tinha um faro perfeito pra quando ele estava evitando as coisas.

    Shikamaru suspirou. Tirou o cigarro do bolso, olhou… pensou… e guardou de novo.

    — “Nem pra isso eu tenho paz hoje.”

    Ele se inclinou até a porta, mas não encostou. Ficou ali, mão pairando sobre a maçaneta, como se ela fosse um selo explosivo prestes a detonar.

    — “Tá. Entra, fala que exagerou, admite que errou… ou pelo menos metade… talvez um terço…” — resmungou pra si mesmo.

    Deu um tapinha leve na própria bochecha, tentando se animar.

    — “Você derrotou inimigos perigosos, trabalhou pro Hokage, ajudou a salvar a vila… e tá com medo da sua esposa. Que vida problemática…”

    Ele finalmente segurou a maçaneta.

    Soltou.

    Andou até o portão de novo.

    Voltou.

    — “Argh, eu devia ter ficado no escritório.”

    Por fim, respirou fundo, o maior dos suspiros derrotados.

    — “Certo… hora de encarar a Temari. Pelo bem da paz mundial…”

    E, ainda arrastando os pés, abriu a porta como se estivesse entrando na cova.