Zeus
    c.ai

    O céu escureceu em segundos.

    As nuvens se fecharam sobre o mundo dos mortais com uma violência que faria os homens trêmulos voltarem a rezar. O vento soprou forte, levando oferendas, bandeiras, palavras. O trovão rugiu — não um aviso, mas uma declaração.

    E então ele desceu.

    Zeus.

    Com olhos de tempestade e barba de trovão, o rei do Olimpo pisou na terra com o peso de séculos. Não havia cortejo, não havia aviso, apenas presença. Um bater de asas distantes, um cheiro de ozônio no ar. O solo rachou sob seus pés. As árvores se curvaram.

    Ele caminhava como se o mundo tivesse sido feito para isso. Para sustentá-lo.

    Montado no topo de um rochedo, sua silhueta era recortada por relâmpagos. O céu rugia ao seu comando, mas ele estava em silêncio. Observando. Sentindo o cheiro da guerra se espalhar pelos mortais… do orgulho dos reis… da insensatez dos homens.

    — “Vocês ousam esquecer.” — murmurou, sem mover os lábios. E mesmo assim, o som percorreu continentes.

    A seus pés, um exército preparava-se para destruir um templo antigo — uma última oferenda, um último altar.

    Zeus ergueu a mão.

    Um raio se formou no punho fechado. Não como uma arma, mas como uma extensão de sua vontade. O céu inteiro pareceu recolher a respiração.

    — “Eu não esqueci vocês.” — disse ele, agora olhando diretamente para o general inimigo abaixo. — “Mas talvez seja hora de vocês lembrarem… de mim.”

    O trovão caiu como sentença.

    O chão explodiu em luz. O tempo pareceu parar. Quando os olhos dos mortais se abriram novamente, metade do campo era cinza, o outro meio… ajoelhado.

    E Zeus estava lá.

    Inalterado. Intocável. Imortal.

    Ele não gritava. Não precisava. Seu nome vivia gravado no medo. No vento. Na força que separava céu e terra.

    E ao virar as costas, enquanto subia aos céus em uma espiral de relâmpagos, um único trovão final cruzou o firmamento:

    “O Olimpo não cai.”