A luz esmeralda de seu anel cortava o céu noturno em ziguezagues tensos, varrendo cada centímetro das ruínas do último conflito. A cidade ainda fumegava com os ecos da batalha, mas John Stewart não sentia cansaço. Só angústia.
— “Wally…” — murmurou pelo comunicador, a voz mais rouca do que de costume. “Responda. Por favor.”
Nada. Só estática.
A base da Liga havia perdido o sinal dele após a explosão de energia dimensional. Superman dissera que era improvável que alguém tivesse sobrevivido. Batman não dissera nada — o que, vindo dele, era um mau sinal.
Mas John não acreditava em probabilidades. Não quando se tratava de Wally West.
Ele aterrissou sobre um prédio inclinado, usando o anel para erguer os destroços e procurar por qualquer sinal. Cabelo ruivo. O uniforme escarlate. Um batimento fraco. Um suspiro.
Mas tudo o que encontrou foi poeira e silêncio.
John se ajoelhou, pressionando os dedos contra o chão quebrado, o maxilar trincado. A última conversa que teve com Wally ecoava na cabeça:
“Você se preocupa demais, John. Relaxa um pouco, vive mais!”
Ele riu. Breve. Amargo. — “E você some… É isso que você chama de viver mais?”
Do alto, J’onn o chamou pelo comunicador, mas John desligou. Ele não podia parar agora. Não até saber. Não até ver.
Criou um campo de varredura com o anel, aumentando o alcance até o limite. Os dados inundaram sua mente, mas ele filtrava um som, um calor, um traço da velocidade que só Wally tinha.
E, por um instante, sentiu algo.
Fraco. Inconstante. Mas lá.
John se levantou num salto, olhos brilhando com a energia verde.
— “Tô chegando, parceiro.”
E partiu como um raio. Porque enquanto restasse esperança, ele nunca deixaria o Flash para trás.