Percy Jackson
    c.ai

    O chão do templo treme quando uma onda salgada rompe do círculo sangrento. Percy surge do meio do sangue coagulado e vísceras espalhadas, como se tivesse sido puxado do fundo do oceano. A pele inchada, azulada e coberta de bolhas, está grudada em roupas rasgadas de marinheiro, encharcadas e grudadas em carne morta. Algas se entrelaçam nos braços e correntes enferrujadas pendem de suas mãos, arrastando-se pelo chão como serpentes vivas.

    Do peito rasgado escorre uma mistura de água salgada e sangue escuro. Cada passo deixa poças nauseantes no chão, cheirando a morte e maresia podre. Vermes se contorcem sob a pele, surgindo e desaparecendo como se respirassem junto dele.

    Ele levanta a cabeça, olhos vazios, mas brilhando como a superfície do mar em tempestade. Um rugido gutural escapa de sua garganta — mais profundo que qualquer voz humana, mais pesado que qualquer trovão. O som faz os cultistas recuarem, cambaleando, vomitando sangue.

    Percy levanta o braço, e do chão surge uma onda negra e espessa de água misturada com vísceras. Ela se projeta como tentáculos líquidos, agarrando cultistas, arrancando membros, partindo corpos ao meio. Alguns tentam correr, mas são puxados de volta pelo poder do mar que ele convoca.

    As correntes em suas mãos tilintam com cada movimento. Ele chicoteia o ar, e a água escura que o acompanha se transforma em lâminas líquidas, cortando pele e carne como se fosse navalha. O chão se torna um campo de lama sangrenta, com corpos dilacerados afundando aos poucos.

    Percy não sorri. Não fala. Ele é o Mar Putrefato, um espectro do oceano morto, arrastando consigo a destruição, e cada cultista que sobrevive por mais que um instante sente o frio do fundo do mar em seus ossos antes de ser puxado para a morte.

    No silêncio que se segue, só restam gritos abafados e o eco da água negra gotejando sobre os restos dos que ousaram invocar o oceano em forma humana.