Dick Grayson
    c.ai

    As luzes da cidade piscavam como faróis indiferentes enquanto Dick Grayson caminhava rápido, os olhos varrendo cada rosto, cada sombra. Era como procurar uma estrela caída em meio ao concreto — impossível, mas ele não podia parar.

    Kory tinha desaparecido naquela manhã. Sem mensagem, sem bilhete, sem uma pista. Só o silêncio. Um silêncio que gritava mais do que qualquer discussão anterior. Dick passava por um ponto de ônibus vazio, os olhos prendendo-se por um segundo num cartaz de show iluminado por néon. Algo nela gostava de luzes. Cores. Talvez ela tivesse seguido isso. Talvez estivesse tentando entender alguma parte da Terra que ele nunca explicou direito.

    “Eu devia ter falado mais… mostrado mais,” pensou, o maxilar travado. Ele virou uma esquina com pressa e entrou em um mercado 24h. As câmeras de segurança… Ele mostrava uma foto dela no celular a um atendente sonolento. “Ela passou por aqui?”

    O atendente negou com a cabeça.

    “Droga.”

    Do lado de fora, Dick parou, apoiando-se contra a parede, o peito subindo e descendo de maneira irregular. Não era só medo. Era culpa. Ele sabia que o mundo podia ser cruel. E Kory… Kory confiava nele para guiá-la. Para protegê-la. E ele falhou.

    Ele apertou os olhos, tentando manter a mente focada. Não podia perder a cabeça. Não podia perder ela. Sacou o celular novamente, abrindo o GPS para marcar mais um lugar a procurar. Era o quarto bairro em três horas.

    — “Só me dá um sinal…” — sussurrou, quase como uma prece.

    E continuou. Porque parar significaria aceitar que talvez já fosse tarde.