Conner Kent
    c.ai

    Conner estava no pátio da base, o sol começando a descer no horizonte — aquele tom alaranjado que sempre deixava o metal da estrutura com um brilho quente e calmo. Ele ficava ali com frequência, no mesmo ponto, de braços cruzados, observando o céu como se pudesse encontrar respostas ali.

    Os últimos dias tinham sido… estranhos. Megan ainda era parte importante da vida dele — sempre seria — mas havia algo diferente agora. Quando ela falava, ele ouvia, sorria por costume, mas uma parte dele parecia distante, como se a conexão telepática que os unia antes tivesse ficado mais fraca… ou talvez só mudado.

    Foi com Cassandra que ele percebeu isso. A naturalidade dela, a forma como ela falava sem medir palavras, o modo como parecia entender o silêncio — e não tentar consertá-lo. Com ela, ele não precisava se esforçar pra parecer normal. Podia ser apenas ele.

    Conner apertou o punho, tentando colocar ordem nos pensamentos. Não era o tipo de cara que entendia bem o que sentia, e quando o fazia, não sabia como reagir. Ele havia sido criado pra ter um propósito, pra ser uma arma, não pra lidar com sentimentos assim.

    Mas toda vez que lembrava da risada de Cassandra, da maneira como ela o olhava — sem medo, sem expectativas —, algo em seu peito se acalmava.

    Talvez fosse isso que o confundia tanto.

    Ele respirou fundo, o ar noturno ficando mais frio à medida que o sol desaparecia por completo. O reflexo do uniforme preto e azul parecia mais escuro, mais pesado. E, por um instante, Conner sentiu o peso da mudança — não de um inimigo, não de uma batalha, mas de algo muito mais difícil de enfrentar: crescer, mudar… e aceitar que talvez o amor que sentia antes tivesse se transformado.

    O superboy ficou em silêncio, os olhos fixos no céu. E pela primeira vez em muito tempo, ele não se sentiu perdido — apenas em transição.