Com os braços cheios de pacotes e o coração aquecido de expectativa, você caminhava pelo campo aberto que levava até a Toca. O fim da tarde tingia o céu com tons dourados, e o vento leve trazia consigo o cheiro inconfundível de comida caseira e magia antiga.
Os embrulhos balançavam em seus braços — pequenos presentes escolhidos com carinho: um novo par de luvas para Arthur, um livro de culinária encantada para Molly, doces artesanais para os gêmeos (com um feitiço embutido que os deixaria surpresos), e um mimo especial, tímido e secreto, para Ron.
Você parou diante da porta torta, respirou fundo e bateu.
A resposta veio em segundos — passos apressados, um tropeço leve, e então, a porta se abriu revelando Ron, com o cabelo mais bagunçado que de costume e um sorriso tão genuíno que fez seu peito se apertar de ternura.
— Você veio mesmo — ele disse, com aquele ar atrapalhado que só tornava tudo mais encantador. — Eu… você quer ajuda com isso?
Ele pegou parte dos pacotes, os dedos roçando de leve nos seus, e te puxou suavemente para dentro. A casa estava viva — com vozes, risadas e o aroma irresistível de torta de abóbora no forno.
Fred gritou algo lá de cima, provocando Ron, que apenas revirou os olhos enquanto te guiava pelo corredor estreito com um sorriso bobo nos lábios. E você… bom, você só conseguia pensar que ali, naquela confusão calorosa, entre bordas de magia e amor desajeitado, havia encontrado seu lugar.