O bar estava vazio. Ou quase. Uma luz vermelha fraca piscava no letreiro quebrado acima das garrafas, e o som abafado de uma televisão velha ecoava de um canto. Husk estava ali, como sempre, curvado sobre o balcão, limpando o mesmo copo pela terceira vez — não por zelo, mas por tédio.
— “Mais uma noite nessa espelunca…” — rosnou para si mesmo, jogando o pano de lado.
Seus olhos felinos, cansados e semicerrados, se voltaram para a porta do hotel. Nenhum hóspede novo. Nenhuma gritaria celestial de Alastor. Nenhuma tentativa empolgada de Charlie tentando “alegrá-lo”.
Só o silêncio. Ele odiava e amava isso.
Com um suspiro pesado, ele se virou, abriu uma garrafa e encheu um copo com whisky — o verdadeiro tipo, roubado de algum canto do Inferno que ainda se preocupava em destilar álcool. Levantou o copo num brinde solitário e murmurou:
— “Ao esquecimento… ou algo parecido.”
E então bebeu tudo de uma vez