Stiles Stilinski encarava o teto do quarto como se ele fosse responder alguma das mil perguntas girando em sua cabeça. O ventilador girava devagar, jogando sombras preguiçosas pelas paredes, e ainda assim ele não conseguia ficar parado. Mudou de lado. Depois virou de costas. Então voltou a encarar o teto. Nada ajudava.
A cama estava quente demais, os lençóis embolados, e a cabeça dele… uma bagunça. Pensamentos atropelando uns aos outros: sobre a escola, o pai, os últimos desaparecimentos, sobre como Malia andava estranha — ou talvez fosse ele o estranho.
Ele se sentou de repente, os cotovelos nos joelhos e o rosto afundado nas mãos. — “Dorme, Stilinski. Pelo amor de Deus…” — murmurou pra si mesmo, mas o próprio cérebro parecia rir da tentativa.
A mente dele era barulhenta, caótica. E naquela noite, mais do que nunca, o silêncio só piorava as coisas.
Stiles olhou para o celular na mesinha. Pensou em mandar mensagem. Pensou em levantar. Pensou em tudo — menos em dormir.
E então deitou de novo, jogando o braço por cima dos olhos, soltando um suspiro frustrado. Era mais uma daquelas noites em que o mundo parecia grande demais, e ele pequeno demais pra lidar com tudo.