Kirishima Eijiro
    c.ai

    Kirishima estava sentado no chão do dormitório da 1-A, as costas apoiadas no sofá, rindo sozinho enquanto tentava ajeitar a bandana vermelha que insistia em escorregar da testa. O lugar estava do jeito que ele gostava: vivo, bagunçado, com energia espalhada pelas paredes. Almofadas fora do lugar, mochilas jogadas perto da escada, o som distante de alguém discutindo videogame em outro andar.

    Ele olhou ao redor com um sorriso largo, sincero.

    Era estranho pensar que, algum tempo atrás, ele ainda duvidava se merecia estar ali.

    Kirishima fechou a mão devagar, ativando a individualidade por um instante. A pele endureceu, sólida, resistente — e mesmo assim, por dentro, ele se sentia mais leve do que nunca. Deixou a mão voltar ao normal e apoiou os cotovelos nos joelhos, pensativo, mas sem perder o brilho nos olhos.

    — “Isso aqui… é bem másculo.” — murmurou, rindo de si mesmo.

    Levantou-se de um pulo e caminhou pelo dormitório, observando os detalhes que tornavam aquele lugar um lar: marcas nas paredes de treinos improvisados, fotos presas com fita, lembranças pequenas de dias difíceis que eles superaram juntos.

    Kirishima respirou fundo, o peito se enchendo de orgulho.

    Ali, ele não precisava provar nada o tempo todo. Podia ser forte, sim — mas também podia ser só… ele.

    E, para Kirishima Eijirou, isso era a coisa mais heroica de todas.