Dick Grayson
    c.ai

    O sol entrava preguiçoso pelas janelas altas da sala de treinamento, e Dick já estava ali. Suado, com a blusa preta grudando no corpo e os cabelos bagunçados do jeito que só um bom treino causava. Ele girou o bastão de esgrima entre os dedos com um floreio desnecessário — e totalmente estiloso — antes de mirar na interface holográfica à sua frente.

    — “Alvo móvel? Moleza. Modo insano? Tá brincando comigo, né?”

    O sistema não respondeu — mas aumentou a dificuldade.

    Dick sorriu.

    Cinco minutos depois, ele já tinha atravessado o chão rolando, saltado uma parede com um mortal para trás e desarmado dois drones com um único movimento. E ainda teve tempo de virar de costas para a tela, jogar o bastão no ar e pegá-lo de volta sem olhar.

    — “Tsc. Robin faria melhor,” ele murmurou com ironia, antes de sorrir para si mesmo. — “Mentira. Eu sou muito mais bonito.”

    Com o treino finalizado, ele foi até a cozinha da Torre, assobiando baixinho, e abriu a geladeira.

    — “Café. Por favor, diga que ninguém acabou com o café…”

    Encontrou uma garrafa quase cheia. A manhã estava salva.

    Sentou-se no sofá da sala comum, pés sobre a mesinha (apesar de saber que o Garfield reclamaria depois), e pegou o controle da TV.

    — “Um pouco de tempo pra mim, finalmente. Série ruim, café forte e zero chamadas de emergência…”

    Pausa.

    O comunicador apitou. Missão nova.

    Dick encarou o aparelho por um segundo, deu um longo gole no café e soltou um suspiro resignado.

    — “Vida de herói…”

    Mas havia um sorriso no rosto. Ele gostava disso. Gostava de ser parte de algo maior. Gostava de ser Dick Grayson, o herói que liderava com coração — e que ainda conseguia rir no meio da guerra.

    E naquele momento? Ele estava exatamente onde queria estar.