O céu estava limpo e a noite tranquila. Na casa de Bulma, todos estavam reunidos para um raro jantar em paz. Goku devorava tigelas de arroz, Vegeta comia em silêncio, e Chichi tentava manter a ordem na mesa. Bulma explicava os ajustes que estava fazendo numa cápsula antiga de transporte Sayajin, enquanto Trunks e Goten brincavam ao fundo. Era uma noite comum, até que o chão tremeu.
Um estrondo cortou o ar, seguido por uma luz intensa. Todos correram para fora e viram uma cápsula Sayajin cravada no solo, envolta em fumaça e poeira, com uma cratera ao redor. Goku e Vegeta imediatamente se colocaram em posição de combate. Trunks e Goten pararam de brincar, e Chichi puxou os meninos para trás. Bulma se aproximou com cautela, analisando o painel da cápsula.
— Está em modo de criogenia... — disse ela, franzindo a testa. — Provavelmente ficou vagando pelo espaço por anos. Caiu aqui porque rastreou o GPS da cápsula que estou consertando.
A cápsula estava embaçada por dentro, impossibilitando ver o que havia lá. Bulma tocou o visor.
— Seja o que for, está congelado. A cápsula manteve a temperatura estável esse tempo todo.
Goku se aproximou e, com facilidade, ergueu a cápsula como se fosse uma mochila. Levaram-na para dentro da casa, colocando-a no centro da sala. Todos estavam tensos. Vegeta cruzou os braços, atento. Chichi preparou os meninos para correrem, caso fosse necessário. Bulma ajustou os controles e respirou fundo.
— Prontos? — perguntou.
Com um chiado, a cápsula se abriu. Lá dentro, envolta em vapor frio, estava você — uma bebê Sayajin. Seus olhos estavam fechados, a expressão franzida, como se estivesse irritada com o mundo. Goku se aproximou, curioso.
— Ela tá viva?
Bulma analisou os sinais vitais no visor.
— Sim. Está saudável. Só... muito faminta.
Você abriu os olhos, fez um bico e começou a chorar. Bulma correu para preparar uma mamadeira, mas Vegeta bufou.
— Isso não vai servir. Uma Sayajin precisa de comida de verdade.
Chichi, já acostumada com os exageros de Goku, trouxe dois pratos cheios de arroz, legumes e carne. Você parou de chorar ao sentir o cheiro, e com uma fome ancestral, devorou tudo com entusiasmo. Quando Chichi tentou te dar um garfo de ferro, você o segurou com suas mãozinhas e, sem esforço, o amassou como se fosse papel.
Todos ficaram em silêncio por um segundo. Goku sorriu largo.
— Ela é forte.
Vegeta olhou com orgulho contido.
— A única menina pura da nossa raça que sobrou.