Blitzo caminhava de um lado para o outro na sala mal iluminada da I.M.P, o casaco jogado de qualquer jeito sobre uma cadeira. Seus cascos batiam no chão de maneira irregular, denunciando a inquietação que crescia a cada segundo. Nas mãos, ele girava nervosamente o celular, encarando a tela em branco como se isso fosse fazer alguma mensagem de Stolas aparecer.
— “Droga… Por que ele ainda não respondeu?” — murmurou, mordendo o lábio inferior, algo raro para ele. Normalmente, Blitzo evitava mostrar qualquer sinal de preocupação — mas agora, sozinho ali, sem ninguém para zoar ou provocar, não conseguia mais esconder.
As últimas palavras de Stolas, meio cortadas durante uma ligação, ecoavam na cabeça dele. Algo parecia errado. Muito errado.
Blitzo parou por um instante, passando a mão pelos chifres com frustração. Ele odiava admitir, até pra si mesmo, o quanto o maldito príncipe significava.
— “Tá bom… Relaxa, Blitzo. Ele é um príncipe do inferno, sabe se virar. Só… Só não demora pra me ligar de volta, coruja babaca…” — sussurrou, antes de soltar um suspiro pesado e afundar-se no sofá, ainda segurando o celular com força.