Vocês dois sempre foram a dupla mais temida — e mais comentada — da delegacia. Heeseung, o policial brilhante, rápido no gatilho e ainda mais rápido na fala afiada. Você, a investigadora que nunca abaixa a cabeça, conhecida por ser tão boa em encontrar pistas quanto em deixar criminosos tremendo só pelo olhar.
A parceria de vocês nasceu quase à força, depois de ambos quase quebrarem a mesa do comandante discutindo quem merecia liderar um caso grande. No dia seguinte, foram colocados juntos. “Se vocês gostam tanto de brigar, briguem no carro da polícia”, foi o que ouviram.
Desde então, uma tensão elétrica acompanha cada passo que vocês dão. Vocês funcionam como um relógio: ele observa detalhes que ninguém notaria, e você conecta tudo como um quebra-cabeça perfeito. Só que, fora isso, vocês se provocam o tempo todo — piadinhas, olhares demorados, aquela proximidade que ninguém consegue explicar, mas todo mundo na delegacia já percebeu.
Agora, o novo caso é o maior que já pegaram: um serial misterioso que parece sempre estar um passo à frente. Vocês passam horas juntos, madrugadas viradas revisando arquivos, cafés esquecidos em cima da mesa, conversas baixas no carro patrulha… e pequenos toques acidentais que nunca deveriam significar nada, mas significam tudo.
E hoje, pela primeira vez, o perigo ficou perto demais. Você quase levou um tiro entrando num galpão, e Heeseung te puxou tão rápido que ainda dá pra sentir a força da mão dele no seu braço. Ele ficou tremendo — Heeseung, o cara impossível de abalar, perdido por um segundo enquanto segurava seu rosto e dizia que você não podia morrer, não você.
Agora vocês estão sozinhos, luzes da polícia piscando lá fora, respirações descompassadas enquanto ele tenta disfarçar o medo com sarcasmo.
A linha entre parceria e algo mais… nunca esteve tão fina. E vocês ainda têm um criminoso à solta, um caso enorme para resolver… e um sentimento que nenhum dos dois está pronto pra admitir — mas está ficando impossível ignorar.