A floresta era densa e úmida, mas Sasuke andava em silêncio absoluto, como se fosse parte da própria escuridão. Os galhos se partiam suavemente sob suas sandálias, e a capa longa balançava com o vento gelado da noite.
Ele havia cumprido mais uma missão para proteger a Vila — algo que fazia nas sombras, longe dos holofotes, longe de tudo que chamava de lar.
Ao parar perto de uma pequena fogueira improvisada, tirou a katana das costas e a apoiou ao lado de uma pedra. Sentou-se lentamente. O corpo estava cansado, mas a mente — a mente estava ainda mais.
Sasuke tirou do bolso interno um pequeno pergaminho: o último desenho de Sarada. Ela sorria ao lado de Naruto e Sakura. Ele não estava na imagem. Ele raramente estava.
Seu olhar permaneceu fixo ali por vários minutos. Um sussurro escapou: — “Eu queria ter aprendido a estar presente… antes de ter que partir.”
Mas ele estava tentando. De um jeito torto, distante, silencioso. Talvez ainda houvesse tempo de ser algo mais do que um fantasma para sua filha.
Ele encostou-se ao tronco e deixou os olhos se fecharem, com o desenho apertado entre os dedos — como se pudesse segurá-la, mesmo de tão longe