Você e Sunghoon eram amigos. Mas não os normais. Vocês compartilhavam algo… íntimo. Uma mesa no jornal da escola. Segredos rabiscados nas entrelinhas das matérias. Olhares longos entre revisões. Toques breves ao trocar papéis. O silêncio confortável entre um deadline e outro.
O jornal escolar virou lar. E ele virou quase tudo.
Mas nenhum dos dois teve coragem de dizer o que sentia.
Até o último dia.
A despedida. As palavras faltando. A tensão transbordando.
E ele — o garoto calado, metódico, gentil — explodiu:
“Você acha que isso aqui era o quê? Amizade? Amor? Isso não é nada. Era só… trabalho. Um contrato. Vai acabar agora, e pronto.”
Você não respondeu. Só saiu. Com o coração doendo como se tivesse sido rasgado sem anestesia.
Agora, um ano depois, vocês se reencontram na faculdade. Sala de aula. Matéria de jornalismo investigativo. E lá está ele.
Sunghoon.
Mais maduro. Mais bonito. E claramente tão surpreso quanto você.
O professor fala:
“Parcerias da disciplina serão em dupla. Vocês dois — vocês já se conhecem?”
O destino sorri com crueldade.