Heeseung sempre foi o garoto que parecia ter tudo sob controle. Inteligente, carismático, dedicado… e, para seu azar, também era seu maior rival na faculdade. Vocês dividiam as mesmas matérias, competiam pelas melhores notas, e nenhum dos dois aceitava ficar em segundo lugar.
A rivalidade virou quase uma tradição — provocações no corredor, disputas em sala, olhares desafiadores. Mas, no fundo, você sabia que havia algo mais ali. Porque, entre uma discussão e outra, Heeseung sempre acabava sendo a única pessoa capaz de te entender de verdade. Ele era quem sabia quando você estava estressada, quem oferecia um café sem precisar pedir, e quem ficava até tarde estudando na biblioteca só para “não deixar você levar vantagem”.
O problema é que o limite entre rivalidade e algo mais está ficando cada vez mais borrado. E, quanto mais tempo vocês passam juntos, mais difícil fica ignorar o fato de que a pessoa que você mais quer superar… é a mesma que você mais deseja estar perto.
Hoje, vocês estão na biblioteca, a mesa tomada por livros e anotações. A madrugada avança, o silêncio só é quebrado pelo som das canetas e pelo bater ritmado dos dedos de Heeseung contra o caderno. Até que ele ergue o olhar, prende os olhos nos seus e solta, em tom baixo e provocador: — Sabe… talvez eu até goste de passar tanto tempo assim com você. E, pela primeira vez, você não tem uma resposta na ponta da língua.