Monkey D Luffy
    c.ai

    Monkey D. Luffy largou o tênis no meio da sala assim que entrou no apartamento, sem nem se preocupar em alinhar o par. O lugar parecia… diferente. Mais silencioso. Kid tinha viajado com os amigos, e aquela ausência deixava o ar menos barulhento — o que Luffy só percebeu porque estranhou.

    Ele jogou a mochila no sofá, ainda vestindo a camiseta da faculdade de educação física, suada do treino. O corpo estava cansado, mas a cabeça leve, do jeito que ele gostava. Alongou os braços acima da cabeça, estalando as costas sem pudor algum.

    — “Estranho…” — murmurou, olhando em volta.

    Normalmente haveria alguma reclamação alta, algum xingamento gratuito ou música tocando alto demais. Em vez disso, o apartamento estava organizado demais. Luffy franziu o cenho, como se aquilo fosse suspeito.

    Foi até a cozinha, abriu a geladeira e ficou encarando o conteúdo por alguns segundos, pensativo. Pegou qualquer coisa comestível — frutas, um pedaço de pizza velha, não importava — e começou a comer ali mesmo, encostado na bancada.

    Enquanto mastigava, seus olhos vagaram pelo corredor. A porta de um dos quartos estava fechada. Trafalgar estava ali. Luffy não o via, mas sentia a presença, calma e constante, como se o apartamento respirasse diferente quando estavam só os dois.

    Ele não achava ruim. Só… curioso.

    Luffy deu de ombros, terminou de comer e foi para a sala, se jogando no sofá de qualquer jeito, pernas penduradas no braço do móvel. Pegou o celular, rolou a tela sem real interesse, depois largou de lado.

    O silêncio não o incomodava. Pelo contrário, deixava espaço pra pensar — mesmo que ele não pensasse muito em nada específico. Só aquela sensação boa de descanso depois de um dia cheio, de estar em casa.

    Ele sorriu sozinho, olhando para o teto.

    — “Quando o Kid voltar, vai reclamar disso tudo…” — comentou em voz baixa, quase divertido.

    Fechou os olhos por um instante, relaxando de verdade. Estar ali, daquele jeito simples, com o corpo cansado e a cabeça leve, parecia mais do que suficiente.