Frank Zhang
    c.ai

    Frank estava sentado no sofá da sala, afundado contra as almofadas que pareciam engolir seu corpo robusto. A televisão passava algum programa aleatório, mas ele nem estava prestando atenção. O barulho real vinha da casa em si — e esse era impossível de ignorar. No andar de cima, Leo gritava alguma coisa sobre um “experimento inofensivo”, seguido de um estrondo que fez o teto tremer. Annabeth apareceu no corredor segundos depois, bufando, já com a expressão de quem ia dar uma bronca. Percy, por outro lado, estava na cozinha, discutindo com Piper sobre a melhor forma de fritar panquecas sem queimar a frigideira. Hazel tentava varrer o chão, mas toda vez que olhava para a escada, parecia estar rezando para que a casa não desabasse com as invenções de Leo.

    Frank suspirou. “Sete adolescentes morando sozinhos numa casa”, pensou, apoiando o braço no encosto. “Isso nunca poderia terminar bem.” Ele lembrava de como Reyna ou mesmo sua avó sempre tinham uma aura de ordem e disciplina em casa. Mas aqui? Aqui reinava o caos. Ele até tentou colocar uma regra ou outra — como a de não deixar armas na mesa de jantar — mas Nico já tinha deixado uma adaga enfiada no tampo de madeira duas vezes. O filho de Hades estava agora num canto, quieto, lendo algo que ninguém ousava interromper.

    Frank se levantou devagar, indo até a cozinha. Olhou para Percy e Piper, que brigavam sobre virar a panqueca ou deixá-la mais tempo na frigideira. Hazel passou ao lado dele e lhe deu um sorriso rápido, aquele tipo de sorriso que sempre lembrava a Frank de respirar fundo e não surtar. Ele abriu a geladeira procurando por algo simples, tipo suco, mas tudo que encontrou foram garrafas com líquidos suspeitos que provavelmente eram misturas do Leo.

    — “Se a casa não explodir até o fim da semana, já é uma vitória..” — murmurou para si mesmo, antes de ouvir outro estrondo vindo do andar de cima, dessa vez acompanhado por uma gargalhada de Leo.

    Frank fechou os olhos e esfregou a têmpora, tentando se lembrar que, apesar de tudo, eles eram uma família improvisada. Uma casa cheia de heróis, caos e confusão — mas também cheia de algo que ele nunca tinha tido de verdade: pertencimento.