Percy Jackson sentia o cheiro de maresia misturado com café enquanto olhava pela janela do apartamento, observando as ondas quebrando na praia. A aliança de prata em seu dedo refletia a luz do sol da manhã enquanto ele girava distraidamente o anel, um hábito que pegou nos últimos anos.
Ele ouviu um trovão distante, mesmo sem nuvens no céu, e sorriu.
“Jason, você tá resmungando de novo?” murmurou para si mesmo, rindo baixo.
Percy se espreguiçou, puxando uma camisa qualquer do sofá antes de sair para a varanda. O vento bagunçou ainda mais seu cabelo já desgrenhado, mas ele nem se importou. Ele fechou os olhos por um segundo, sentindo a energia do oceano correndo sob seus pés, o pulsar constante da água o conectando a algo muito maior que ele mesmo.
Então, o celular vibrou no bolso. Ele pegou o aparelho e leu a mensagem curta de Jason:
“Encontro no topo do Empire State. É importante. E não, não posso te dizer pelo celular. Te amo. E não se atrase.”
Percy arqueou uma sobrancelha. Ele já sabia o suficiente para entender que “importante” e “Empire State” nunca significavam algo tranquilo.
“Beleza, beleza, já tô indo…” murmurou, antes de tomar o último gole de café e pegar o boné de Nova Roma pendurado na cadeira.
Com um último olhar para o oceano, ele estalou os dedos. As ondas responderam, subindo e recuando como se dessem um aceno silencioso.
E então, com um salto ágil sobre a grade da varanda, Percy mergulhou direto para a água lá embaixo, deixando apenas uma risada ecoando no ar.