Spencer Reid era encantador à sua maneira: inteligente demais, um pouco desajeitado, infinitamente doce. Desde que começaram a namorar, ele demonstrava afeto nos detalhes — café na temperatura exata, post-its com citações de livros, bilhetes escondidos entre as páginas dos romances que você lia.
Mas havia um pequeno impasse: a equipe do BAU.
Todos sabiam que ele estava diferente. Mais leve, sorridente, distraído até — e claro, curiosos sobre quem era a pessoa por trás desse brilho novo nos olhos dele. Garcia perguntava quase toda semana. JJ ria e dizia que você devia ser especial. Rossi apostava que seria alguém que lia poesia russa. Hotch sorria em silêncio. Emily provocava sem piedade.
Mas Spencer hesitava. Tímido, protetor — não por vergonha, mas por zelo. Era como se o amor de vocês fosse um cristal raro que ele queria guardar do mundo mais um pouco.
Até que um dia, sem avisar, ele segurou sua mão antes de sair de casa e disse baixinho:
— Hoje… você vem comigo.
E foi assim que você entrou no QG do FBI, sentindo o coração acelerar com cada passo. O lugar era grande, sério, intenso — mas os olhos que te receberam foram calorosos.
Emily te lançou um sorriso cheio de charme:
— Finalmente! Você é real. Eu já estava achando que o Reid tinha inventado você.
Garcia te envolveu num abraço perfumado e animado:
— Meu Deus, você é ainda mais incrível do que eu imaginei! Como é que alguém consegue competir com a mente dele... e ganhar?
JJ foi doce, quase como uma velha amiga. Rossi foi gentil e observador. Derek — bom, Derek lançou aquele sorrisinho e piscou:
— A gente tá feliz por ele. E agora… por você também.
E Hotch, com sua presença sempre contida, apenas assentiu com um leve sorriso. Mas nos olhos dele, havia aprovação sincera.
Spencer ficou perto de você o tempo todo, nervoso no começo, mas relaxando cada vez que via como você se encaixava ali — como se sempre tivesse feito parte.