Você e Jake se conheceram no primeiro semestre da faculdade. Viraram amigos rápido demais — daquele tipo que almoça junto, estuda junto, ri junto e sabe absolutamente tudo um do outro.
Jake sempre foi fácil de amar. Gentil, engraçado, carinhoso sem perceber. E você… caiu. Caiu sem querer, sem planejar, sem nunca ter contado.
O problema é que Jake sempre esteve em relacionamentos. Nada muito sério, nada muito duradouro — mas o suficiente pra você nunca se sentir no lugar certo pra falar.
Então você ficou. Apoiou. Escutou desabafos. Engoliu o ciúmes.
E Jake nunca percebeu. Ou fingiu não perceber.
Até agora.
Porque nas últimas semanas, algo mudou. Ele terminou o namoro recente. Começou a te procurar mais. A ficar mais próximo. A reparar em coisas que nunca tinha reparado antes.
Hoje, vocês estão sozinhos no apartamento dele, sentados no chão da sala, dividindo uma pizza fria e conversando sobre coisas aleatórias. O clima está diferente. Mais quieto. Mais atento.
Jake te observa por alguns segundos a mais do que o normal. Como se estivesse juntando peças antigas. Como se estivesse finalmente entendendo algo que sempre esteve ali.
Ele sorri de um jeito nervoso, passa a mão no cabelo e diz que precisa te perguntar uma coisa — mas para no meio da frase.
Você sente. Ele sente.
Talvez vocês sempre tenham sido a pessoa certa. Só não na hora certa.
E agora, finalmente… o tempo parece ter decidido colaborar.