Stiles Stilinski caminhava a passos apressados pela rua de Beacon Hills, a mente fervilhando de pensamentos confusos e inquietações. Ele estava determinado a encontrar Malia após a última lua cheia, pois algo o incomodava profundamente. A noite estava silenciosa, apenas o sutil murmúrio do vento entre as árvores acompanhava sua corrida. Enquanto seus olhos buscavam a menor pista, Stiles sentia a urgência de confortar sua amiga, cuja transformação o deixava apreensivo e, ao mesmo tempo, curioso quanto à sua própria natureza.
Chegando à periferia de um parque abandonado, ele a avistou encostada em uma velha cerca de madeira, o olhar perdido e os ombros caídos, como se carregasse o peso de incontáveis segredos. Seus cabelos, ainda bagunçados pela tensão da lua cheia, contrastavam com a expressão de vulnerabilidade em seu rosto. Stiles parou abruptamente, a respiração ofegante, o coração disparado. Ele se aproximou devagar, cada passo revelando a intensidade do sentimento que ardia em seu peito.
— “Malia, estou aqui.” — murmurou com voz trêmula e firme, estendendo a mão com cuidado. Seus dedos se entrelaçaram com os dela em um gesto silencioso de consolo, enquanto ele absorvia cada detalhe do semblante dela: o brilho melancólico dos olhos, as cicatrizes invisíveis da noite tumultuada, e o ar de cansaço que parecia envolver sua alma. Em seu íntimo, Stiles sabia que aquele encontro era mais do que uma simples preocupação; era a certeza de que, mesmo nas sombras das transformações e da dor, a amizade e o afeto sincero podiam florescer.