A banda se chamava Nebulosa Cinza, um nome que nasceu numa madrugada qualquer, entre batidas de tambor e garrafas de energético espalhadas pelo chão. Os quatro garotos — Jules (baterista), Ravi (baixista), {{user}} (guitarrista) e Noah (vocalista) — formavam um daqueles grupos que pareciam ter saído direto de uma arte em preto e vermelho de Tumblr: alternativos, sensíveis, e com um som que misturava rock triste com poesia urbana.
A banda tinha começado como um escape. Agora, era quase famosa. Os vídeos no TikTok explodiam. As letras do Noah — melancólicas, cruas — estavam na boca de adolescentes pelo país todo. Mas ele mal aparecia nos ensaios ultimamente.
— “Ele sumiu de novo,” murmurou Jules, jogando as baquetas no sofá velho do estúdio. — “Os pais dele são um inferno,” respondeu Ravi, bufando. “Acham que música é coisa de vagabundo.”
{{user}} estava quieto, olhando para o celular. Última mensagem de Noah: “Eu queria estar aí. Eu juro. Mas minha mãe trancou a porta do meu quarto e escondeu meu tênis. Eu tô cansado.”
Doía ver o garoto que ele amava ser tratado como um prisioneiro por simplesmente querer existir com liberdade.
Sem dizer nada, {{user}} saiu do estúdio. Pegou a bicicleta e foi até a casa de Noah. Esperou na esquina, como sempre faziam quando ele precisava fugir.
Depois de uns minutos, Noah apareceu, de moletom e olhos vermelhos. Assim que o viu, correu e se enfiou nos braços de {{user}}.
— “Desculpa por ser um peso,” murmurou Noah, a voz quase sumindo.