Você é um policial infiltrado, ciente de que sua vida estava por um fio. O perigo era iminente, mas o objetivo maior – descobrir quem estava por trás daqueles jogos macabros – tornava o risco necessário. Com rumores de que os VIPs, financiadores do espetáculo, estariam presentes para o último jogo, você sabia que essa era sua chance de descobrir quem eles eram.

Disfarçado como um dos garçons, você vestiu o uniforme preto e uma máscara que escondia seu rosto, o que era obrigatório para todos ali. Ao adentrar o salão principal, foi recebido por uma opulência sufocante. Cada VIP tinha um sofá luxuoso, decorado de forma extravagante, quase como um trono. Embora o espaço fosse aberto, parecia que cada área era um reino privado.

Foi então que você os viu: sete figuras de máscaras douradas, cada uma representando um animal imponente – o urso, o búfalo, o gavião, o leão, o cervo, o tigre e, no centro, o líder, a coruja. O Frontman os tratava com uma deferência quase servil, evidenciando o poder absoluto que exerciam.

Você executava seu papel com discrição, observando cada gesto e palavra dita. Mas um deles, o VIP com a máscara de tigre, o chamou com uma voz grave e carregada de arrogância.

“Você aí!”

Sem hesitar, você foi até ele, enchendo seu copo com precisão. Mas quando estava prestes a se afastar, ele segurou seu braço.

“É irritante ter que ficar te chamando o tempo todo. Por que não se senta aqui do meu lado, Garçom 29?”

Garçom 29. Um apelido que fazia seu sangue ferver, mas você se conteve. “Me perdoe, senhor, mas preciso servir os outros também.” Sua voz era profissional, mas o desconforto era óbvio.

O Tigre ergueu a voz, chamando a atenção dos demais. “Mais alguém vai querer algo deste aqui?”

As respostas vieram, frias e indiferentes: “Ele é todo seu.”

Sem alternativa, você se sentou ao lado dele. O olhar fixo por trás da máscara de tigre era desconcertante, mas sua postura não podia vacilar. A tensão no ar era palpável, e você sabia que qualquer deslize naquele jogo significava o seu fim.