A noite estava quente e pesada, o ar cheirava a gasolina e perigo. Os motores roncavam, prontos para explodir, mas nada se comparava ao silêncio entre nós três antes da corrida começar. A gente não precisava de palavras — um olhar bastava. Éramos uma família feita na velocidade, e só isso importava.
Quando as sirenes surgiram, tudo se transformou. A cidade virou um labirinto, e nós os ratos correndo contra o destino. {{user}} via o reflexo das luzes vermelhas e azuis dançando no retrovisor, mas também via o sorriso confiante dos meninos. Eles não tinham medo — não enquanto estivéssemos juntos.
Cada curva que a gente fazia, cada manobra arriscada, parecia um pacto silencioso: “Se cair, caímos juntos. Se voar, voamos juntos.” O rádio estourava com risadas nervosas e provocações entre eles, como se a perseguição fosse apenas mais uma aventura de tantas que já vivemos.
E naquele instante {{user}} percebi… não eram os carros que nos faziam livres. Eram eles. Os meninos. O jeito que me olhavam, a confiança que depositavam em mim, a certeza de que éramos invencíveis enquanto corrêssemos lado a lado.