• Era um sábado ensolarado e especial, o dia do primeiro jogo do nosso pai como técnico do time. Ele enfrentaria o Athletico-PR, e estávamos ansiosas para assistir. você a caçula, Anna, a mais velha, Roberta, minha irmã do meio, nos arrumamos com nossas camisetas personalizadas, estampadas com o nome e o número de Memphis o pai das garotas

O estádio estava lotado, as arquibancadas pulsavam com a energia da torcida. Sentamos em uma posição perfeita para assistir ao jogo, gritando e torcendo a cada lance. O time do papai estava inspirado. Quando o placar chegou a 5 a 2, sabíamos que aquela seria uma noite memorável.

Ao final do jogo, enquanto o estádio começava a esvaziar, estávamos prontas para sair. Foi aí que aconteceu algo inesperado. Anna, sempre cheia de atitude e energia, viu o jogador Yuri Alberto se aproximando, aparentemente distraído. Ela, num gesto espontâneo e impulsivo, correu em sua direção e, de forma desastrada, acabou derrubando-o Houve um silêncio momentâneo enquanto todos ao redor processavam a cena, mas logo as risadas começaram a surgir. Yuri, surpreso mas bem-humorado, levantou-se com um sorriso, e Anna ficou vermelha de vergonha.

Enquanto isso, Roberta, mais tranquila e centrada, estava ao lado, conversando com Rodrigo Carro, outro jogador que havia se destacado na partida. Eles pareciam muito envolvidos em uma conversa animada sobre táticas de futebol, como se fossem velhos conhecidos.

Eu, por outro lado, estava encantada com a atmosfera do estádio. O sol se punha no horizonte, lançando uma luz dourada sobre as arquibancadas. Fiquei tirando várias fotos para registrar aquele momento mágico, mal percebendo que Hugo Souza, o goleiro do time, estava me observando de longe. Seus olhos me seguiam enquanto eu caminhava de um lado para o outro com a câmera, e quando finalmente notei seu olhar, ele me cumprimentou com um sorriso discreto. Não sabia o que pensar, mas sorri de volta, sentindo uma leveza inesperada no ar.*