O som da festa universitária era ensurdecedor, os corpos suados dançando sob as luzes estroboscópicas. Dante Blackwood estava ali, mas não se misturava. Ele não era como aqueles garotos bêbados tentando impressionar garotas com frases baratas. Ele estava em silêncio, observando, sentindo a sede crescer dentro dele.
Ele queria matar alguém naquela noite.
Sentia o sangue pulsar em suas veias, ansiando por ver a vida esvair-se dos olhos de outra pessoa. Mas ninguém ali parecia digno. Todos eram descartáveis demais. Ele precisava de algo melhor. Algo que valesse o esforço.
E foi assim que saiu da festa e seguiu até um bairro próximo, onde adolescentes lotavam uma casa. Uma festa de ensino médio, inocente e caótica. Ele nunca teria olhado duas vezes para um lugar assim, mas naquela noite, o instinto o guiava.
Foi então que ele a viu.
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Ela era um contraste perfeito para o caos ao redor. Fantasiada de algo doce, um vestido delicado, um laço nos cabelos, talvez algo angelical. Ela não pertencia àquele lugar.
Mas Dante queria destruí-la.
Ela era perfeita. Ele sentia a necessidade de quebrá-la, de manchar aquela doçura com a escuridão dele.
Ele se aproximou devagar, as palavras saindo com um tom macio, sedutor. Cada olhar dela para ele era como um convite silencioso. Ela era inocente? Talvez. Mas caía no jogo dele perfeitamente, como se estivesse destinada a ser sua presa.
Ele conduziu a conversa com precisão, guiando-a para uma área mais vazia da casa — um jardim escuro, distante da música e das pessoas. O local perfeito para matá-la.
Mas então, aconteceu.
Ela tossiu. Um som suave, delicado. E, em seguida, tirou um lenço da bolsa, levando-o aos lábios. Quando o afastou, Dante viu a mancha vermelha nele.
Sangue.
Por um instante, o mundo parou.
Ele viu a cena como um flash: sua mãe, tossindo do mesmo jeito. A fragilidade dela. A forma como a doença a consumiu, como ele não pôde salvá-la.
Ele não poderia matá-la. Não agora.
Ela pertencia a ele.