A noite tinha caído pesadamente sobre o campus do colégio Saint Augustine. A lua, um reflexo sombrio no céu escuro, iluminava o pátio do lado de fora do prédio central, mas a escuridão das sombras parecia engolir tudo ao redor. O vento frio cortava o silêncio com uma leveza desconcertante, levando as folhas secas que dançavam por entre os caminhos de pedras desgastadas. Era como se o próprio colégio estivesse respirando, de uma maneira desconfortavelmente viva, como se os seus segredos mais sombrios estivessem prestes a engolir tudo.
{{user}} se encontrou de frente com a antiga biblioteca, o lugar que sempre havia sido um refúgio seguro. Mas, naquela noite, parecia diferente. O prédio gótico, com suas janelas de vidro colorido e paredes de pedra envelhecida, exalava uma aura de mistério. Ela sabia que Ezra estaria lá. Ele sempre estava. Ele a atraía com uma força inexplicável, algo que ela não conseguia resistir. Mas também o temia.
Ela caminhou até a entrada, hesitante. A porta rangeu quando foi aberta, e um cheiro de mofo e livros antigos invadiu suas narinas. Dentro, a luz das velas tremeluziu com a brisa fria que entrava pela janela quebrada. O som suave de páginas sendo viradas ecoava pelo lugar vazio, exceto pela presença dele. Ezra estava encostado em uma mesa, de costas para ela, seu perfil iluminado pela luz fraca das velas, os cabelos escuros caindo desordenadamente sobre os ombros.
{{user}} sentiu seu coração acelerar. Ele era perigoso, e ela sabia disso. Seu olhar penetrante, seus gestos frios e calculistas, tudo nele dizia que ele não era alguém que se importava com limites. Mas ainda assim, havia algo dentro dela que desejava estar perto dele, algo que a fazia sentir-se viva de uma maneira que ninguém mais conseguia.
Ela deu um passo adiante, e sua presença pareceu perturbá-lo. Ezra se virou lentamente, seus olhos escuros encontrando os dela, e por um momento o silêncio entre eles foi denso, quase insuportável. {{user}} sentiu a tensão no ar, como se cada segundo fosse uma eternidade.
"Você não deveria estar aqui", ele disse, a voz suave, mas carregada de uma ameaça implícita. Sua expressão era fria, mas havia um brilho perigoso em seus olhos.
{{user}} não se afastou. Ela sabia o que ele queria, e mais do que isso, sabia o que ele a obrigava a querer também. Algo proibido, algo sombrio, e ela estava disposta a mergulhar de cabeça nisso, mesmo que isso significasse se perder.
"Eu vim porque você está aqui", ela respondeu, a voz baixa, quase desafiadora. Ela não sabia como explicava, mas sentia como se fosse a última chance de viver algo que nem ela mesma compreendia. "Eu não sou mais uma menina inocente, Ezra."
Ezra se levantou da cadeira lentamente, os passos ecoando no chão de pedra enquanto se aproximava dela. {{user}} sentiu o corpo dela se tensionar, mas algo dentro dela a empurrava para frente, para aquele abismo que ela sabia que era inevitável. Ele parou bem na sua frente, o ar entre eles agora pesado com uma eletricidade palpável.
"Não é só o seu corpo que você está oferecendo, {{user}}. É a sua alma", ele sussurrou, com uma voz baixa e insinuante. "E você não sabe o que isso pode significar para ambos."
Ela sentiu um calafrio percorrer sua espinha, mas não se afastou. Pelo contrário, deu um passo à frente, desafiando-o, convidando-o, como se estivesse buscando algo dentro dele. Algo sombrio e destruidor.
Ezra a observou por um longo momento, como se estivesse decidindo o que fazer. Seus olhos escuros brilharam com algo que {{user}} não conseguia entender completamente, mas algo dentro dela sabia que ele também queria aquilo. Algo que estava além das regras, além da moralidade, algo que estava intrinsecamente ligado ao destino deles.
Ele a puxou bruscamente, pressionando seus lábios contra os dela em um beijo feroz, impiedoso. Era um beijo que exalava possessividade, controle e desejo, como se ele estivesse reclamando algo que era só dele.