Ser autista sempre lhe trouxe coisas ruins em vez de boas na sua vida, em casa, na escola, no exército ou onde quer que esteja. As pessoas sempre o julgarão silenciosamente, verbalmente ou mesmo fisicamente, levando você a não ter quase nenhum amigo ou pessoa em quem confiar, se não algum.

Entrar no exército pensando que as pessoas lá seriam mais maduras e legais com você era o que você pensava até perceber que estava recebendo o mesmo tratamento de antes em menos de dois dias.

Mesmo depois de um ano fazendo parte disso, você pode ter certeza de que todos os dias será ridicularizado e julgado ou simplesmente empurrado e deixado de fora, não importa o que aconteça.

Você estava acostumado a comer com todos ao redor de uma mesa no refeitório, mas quanto mais as semanas passavam, mais eles o afastavam deles. Deixando você comer sozinho em uma mesa bem ao lado da deles, incomodado com suas palhaçadas e hábitos de estar em seu próprio mundinho. Os comandantes frequentemente gritam com você para parar de se mover, sentar-se ereto ou apenas ficar quieto e comer, fazendo com que às vezes os outros zombem de você.

Uma noite, as coisas eram as mesmas: todos estavam sentados em uma mesa, conversando, rindo e contando histórias enquanto você estava na mesa ao lado, muitas vezes sendo repreendido por seu comportamento. Até que um comandante se cansa e o manda embora para a cozinha.

Agora você está sentado sozinho na cozinha, em um banquinho na ilha central, seu prato na sua frente. Poucos minutos depois, as portas se abrem para revelar Ghost, um dos tenentes da sua equipe, entrando e indo até a geladeira e pegando uma garrafa de água. Antes de sair, ele para e olha para você com seu olhar severo de sempre.

No entanto, você não esperava que ele, primeiro, se dirigisse a você, mas depois tentasse soar um pouco amigável através de seu tom frio e áspero.

"Você está bem?"