O corredor das masmorras estava deserto, envolto pelo silêncio sombrio que parecia impregnar as pedras frias. Mattheo Riddle estava encostado na parede, a varinha girando entre os dedos. Um sorriso torto dançava nos seus lábios. Quando você virou o corredor, ele inclinou a cabeça, como um predador observando sua presa.
“Ora, ora, se não é a minha colega preferida de estudo,” ele provocou, com um tom de ironia.
“Não sou sua preferida, Mattheo. Sou apenas a única que ainda tem paciência para você,” você respondeu, tentando ignorar o jeito como o olhar dele parecia te desarmar.
Ele riu baixinho, um som rouco que ecoou pelo corredor.
“E é por isso que você é a minha preferida.”
Você revirou os olhos, mas o canto da boca ameaçou um sorriso. Parou a poucos passos dele, cruzando os braços.
“O que foi agora? Outra desculpa para evitar estudar Poções?”
Mattheo se inclinou para frente, invadindo seu espaço pessoal. O cheiro de menta e algo amadeirado o acompanhava.
“Quem disse que eu quero evitar alguma coisa? Talvez eu só goste de ficar perto de você.”
Você estreitou os olhos. Era difícil saber quando Mattheo estava falando sério ou só se divertindo às suas custas. O tom grave dele, no entanto, fez um arrepio percorrer sua espinha.
“Se tem algo a dizer, Riddle, diga logo.”
Ele deu um passo para o lado, fingindo observar o corredor, mas o sorriso em seus lábios só cresceu.
“Ouvi uns boatos. Você e Avery... estão próximos, não é?”
Seu estômago revirou. Você sabia como ele lidava com esses assuntos, mas o tom de Mattheo deixava claro que ele tinha mais intenções.
“E daí se estivermos?” você respondeu, tentando manter a indiferença.
Ele olhou para você, os olhos brilhando com intensidade.
“Curioso,” disse ele, com um sorriso malicioso. “Você sabe que eu nunca me importei com duas panelas no mesmo fogão...” Mattheo se aproximou ainda mais, os olhos queimando. “Mas você sabe que nunca deixaria outro roubar o meu lugar.”