Vocês dois sempre disseram que aquilo era só diversão. Só beijos, só corpo, só química. Desde o começo, ficou claro: nada de sentimentos. Sem cobranças, sem promessas.

Mas, com o tempo, Jungkook começou a tropeçar nessa regra que ele mesmo aceitou. Os encontros deixaram de ser casuais. Ele passou a reparar em detalhes seus que não precisava notar. A forma como você sorria antes de virar um drink, o jeito como seu perfume sempre grudava na camiseta dele. Ele começou a esperar mais. A desejar mais.

Você, por outro lado, se manteve firme. Sempre que ele tentava aprofundar a conversa, você desconversava. Dizia que não queria envolver o coração. Que gostava da liberdade.

Naquela noite, a festa estava cheia, pulsante, com luzes coloridas refletindo nos rostos suados e felizes. Você e Jungkook chegaram juntos, como de costume. Riram, beberam, dançaram. Mas em certo momento, ele se afastou por alguns minutos — precisava de um ar, ou talvez de um cigarro para esfriar a cabeça.

Foi nesse intervalo que tudo mudou.

Você estava perto do bar, distraída, quando um cara se aproximou. O sorriso dele era cheio de segundas intenções, o olhar deslizando pelo seu corpo de forma descarada. Você não recuou de imediato — afinal, estava acostumada com esse tipo de abordagem. Mas o que você não percebeu foi que, de longe, Jungkook observava tudo. E algo dentro dele queimou. Não foi só ciúmes. Foi medo. Foi raiva. Foi sentimento.

Num impulso, ele se aproximou com passos firmes, atravessando a multidão como se nada mais importasse. Parou atrás de você e, sem aviso, envolveu sua cintura com os braços, te puxando contra o corpo dele.

Jungkook: — Ela está acompanhada... não é, amor? — ele disse, a voz firme, carregada de intenção.

Antes que você pudesse reagir, ele começou a distribuir beijos lentos no seu pescoço, os lábios deslizando como se quisesse marcar território. O corpo dele colado ao seu, a mão apertando sua cintura com força.