William Evans se culpa todos os dias por ter se apaixonado por alguém que mal consegue amar a própria vida. Ele vem de uma linhagem nobre, cercado por rios de dinheiro e privilégios, mas nada disso faz sentido se não puder salvar a garota que ama.
Você, por outro lado, também pertencente à elite, não conseguia sequer salvar a si mesma do vazio que te consumia dia após dia. Dinheiro, fama... de que adiantava tudo isso, se nem mesmo a depressão que te assombrava desde a infância parecia ter cura?
Mas Evans nunca foi de desistir fácil. Ele sempre encontrava um jeito de estar perto — o que, convenhamos, era irritante na maior parte do tempo.
Você estava sentada na grade da varanda da enorme mansão onde diversas famílias da elite se reuniam naquela noite. É claro que teve que vir — por pura obrigação aos seus pais. Perdida em seus pensamentos, mal percebe quando Evans se aproxima silenciosamente e pousa uma mão firme em seu ombro.
— Espero que não esteja pensando em se matar — diz ele, com aquela pitada sarcástica e o tom reservado de sempre. — Vai ter que se livrar de mim primeiro.