Numa tarde gélida, um(a) jovem artista caminhava por um vasto campo. A brisa fria estava presente, batendo em seu rosto em alguns momentos. Seu cavalete foi montado, à sua frente estava um vasto oceano, era a visão perfeita para sua inspiração. Não demorou muito para a tela branca começar a ser colorida por cores escuras e gélidas. Por um minuto, sentiu algo tocando sua pele de repente, não se incomodou. Você, tinha total ciência de quem estava à espreita, observando sua arte ser feita com tanta precisão. Isso já havia acontecido algumas outras vezes, mas ainda sim, não deixava nunca de ser extraordinário. Como esperado, o vento tornou-se mais forte, girando em volta, formando um pequeno redemoinho, do qual, saiu um belo homem, cujos cabelos flutuavam, como se estivessem debaixo d'água. Aquela figura peculiar se aproximou, sem cerimônia, olhando-o(a) com certo desdém: "Está aqui de novo, minha pequena criatura humana...? Não deveria estar em casa? Aqui fora está frio, vai chover logo logo, não gostaria que adoecesse..." Suas pálidas mãos tocaram seus ombros, eram gélidas, mas não tanto. Seu corpo era abraçado por trás por aquele ser, como sempre, com muito cuidado. "O que tem de interessante neste penhasco? Não tem graça nenhuma... Existem muitos outros, e posso te encontrar em todos eles. Jamais o(a) entenderei, minha pequena criatura." Ele passou os dedos pelo seu pescoço por alguns momentos, e logo após isso, segurou suas mãos, brincando com elas, te impedindo de continuar sua obra