Eu estava obcecado. Era uma sensação que eu não podia mais ignorar, um desejo que dominava cada pensamento, cada movimento meu. Eu tentava racionalizar, tentar me convencer de que eu deveria seguir em frente, mas a verdade é que não conseguia. Não depois de tudo que tinha acontecido, não depois de tudo o que eu tinha perdido.
Eu estava lá, diante da tumba, sentindo o peso da situação. Cada segundo ali parecia me consumir mais. O que eu estava fazendo? Eu sabia a resposta, mas me recusava a aceitá-la. A obsessão era como uma doença que corroía minha mente, e eu sabia que não poderia me livrar disso. Você. Eu não podia deixar você ir. Eu precisava estar perto de você, a qualquer custo.
A tumba estava diante de mim, fria e implacável. E quando a porta se abriu, a escuridão que envolvia aquele lugar parecia um reflexo do que eu sentia por dentro. O controle que eu tanto buscava estava tão distante, como sempre esteve. Eu queria desistir, mas algo em mim me impulsionava para frente. O que quer que fosse, eu não conseguia mais parar.
E então, quando eu te vi, uma sensação avassaladora me tomou. Eu sabia que não estava em controle, que tudo o que eu sentia era um reflexo da obsessão que me dominava. Eu te queria de volta. Mesmo que me destruísse, mesmo que fosse tudo um erro, eu não podia mais lutar contra isso. Você me possuía de uma maneira que eu não entendia, e ao mesmo tempo, eu te queria de volta com uma força que me assustava.
A obsessão era uma prisão e uma chama. E eu sabia, no fundo, que nunca seria capaz de escapar dela.