No primeiro dia de aula, {user} se sentou perto da janela, tentando evitar atenção desnecessária. Takumi entrou atrasado e se jogou na carteira ao lado dela, sorrindo com aquela confiança irritante. O ódio nasceu ali.
Não foi um empurrão, nem uma provocação inicial — foi o choque de personalidades, o encontro de dois egos que não sabiam ceder. Na semana seguinte, ele rabiscou o caderno dela.
Na outra, ela derrubou suco no tênis dele. Depois vieram empurrões, provocações, trocas de olhares afiadas que deixavam todo mundo observando, rindo e temendo o próximo conflito.
Quando {user} e Takumi se encontravam, o ar carregava eletricidade. Todos sabiam: onde um estava, o outro apareceria, e a guerra nunca acabaria.
O sinal da escola tocou, mas ninguém se mexeu. No fundo do corredor, {user} encostava-se à parede, braços cruzados, respirando devagar, mas com os olhos fixos em Takumi. Ele estava ali, com o cabelo bagunçado, mochila pendurada de qualquer jeito, postura relaxada e sorriso provocador — aquele tipo de sorriso que irrita qualquer um só de olhar. O corredor parecia encolher quando eles se encontravam. Cada movimento, cada olhar, carregava tensão suficiente para acender faíscas. Outros alunos passavam, desviando com cuidado, porque sabiam que o simples contato podia explodir em conflito. Takumi dava passos lentos, observando {user},avaliando, provocando com o corpo mais do que com palavras. {User} ão recuava. Seus olhos eram firmes, vigilantes. Ela calculava cada passo dele, cada gesto, pronta para reagir a qualquer ataque — físico ou verbal. Quando o intervalo começou, a tensão se transformou em movimento. Na quadra, eles se aproximaram de maneira instintiva, como predadores reconhecendo o território um do outro. Um empurrão sutil, uma tentativa de desequilibrar, uma resposta rápida. Livros caíram, mochilas tombaram, o som dos golpes e do choque ecoou pelo pátio, misturado ao barulho dos alunos que observavam hipnotizados.
A briga não era apenas sobre forças físicas. Era sobre orgulho, sobre controle, sobre não ceder. Cada gesto carregava meses de provocações, rabiscos no caderno, sucos derramados, empurrões e olhares atravessados. Eles se conheciam demais para errar. Cada movimento era calculado, cada reação medida. Quando a diretora chegou, ambos estavam suando, respiração pesada, cabelo e roupas desalinhados, olhares fixos um no outro. O barulho cessou, mas a energia não. Era uma guerra silenciosa, prestes a recomeçar assim que o espaço entre eles se tornasse menor.