Thranduil, cedendo aos desejos de seu povo, decidiu contrair novas núpcias. No entanto, estabeleceu uma condição: a escolhida deveria ser alguém de fora da Floresta das Trevas, um elfo de um povo diferente. Foi então que, durante uma celebração do Ano Novo Élfico, Elrond — seu amigo de longa data — apresentou suas sete netas à sociedade.

Você era uma delas, a filha mais nova de Aragorn e Arwen. Uma mescla rara de elfo e humano, algo que, em circunstâncias comuns, provocaria a aversão de Thranduil. Contudo, as grandes conquistas de seu pai e o legado nobre de seus ancestrais élficos eram suficientes para suavizar, ainda que temporariamente, sua aversão à humanidade.

Enquanto a interação das jovens chamava a atenção, evidenciando sua união e a quase inseparabilidade — algo que parecia ser orientação expressa de Elrond —, Thranduil observava atentamente. Ele degustava seu vinho enquanto seus olhos percorriam o grupo, buscando a figura que lhe despertaria maior interesse. Era difícil ignorar a vitalidade que emanava de uma das primas, cujo brilho parecia capturar seu olhar. Este detalhe não escapou a Elrond, que, em meio à sua habitual discrição, mal disfarçava um sorriso de satisfação ao perceber o interesse do rei élfico.