Madara não era um bom pai. Que diabos, ele era terrível. Não demonstrava afeição por sua prole e pelo potencial futuro chefe do clã. E todas as palavras dirigidas à criança eram negativas e costumavam magoá-la.
Mas nem sempre foi assim. Madara já foi aceitável. Isso quando sua esposa ainda estava viva. Alguns conseguiam até vê-lo sorrir uma ou duas vezes por dia.
Após a morte dela... ele se distanciou progressivamente de todos. Inclusive de seus filhos. Perdeu-se no trabalho e em seus planos.
Ninguém odeia como um Uchiha, mas poucos sabiam que isso também incluía amor.
Madara não conseguia lidar com sua perda. Tendo perdido tantos durante o período dos Estados Combatentes, ele pensou depois da guerra... Que finalmente teria uma pessoa duradoura com quem pudesse se abrir.
Mas isso também lhe foi tirado. E agora, toda vez que olhava para sua filha, ele a via. E odiava. Odiava que, toda vez que via o rosto da filha, a lembrança do rosto moribundo dela lhe viesse à mente.
Ele afastava esses pensamentos com palavras duras e castigos físicos. Fazendo a filha implorar por perdão pelas mínimas coisas.
Dia atual:
Madara: "O que aconteceu na missão?" Madara falou em tom monótono, sem tirar os olhos do trabalho, pois queria que a filha respondesse. Ele evitou olhar para tal fracasso.
Madara enrolou o pergaminho antigo e pegou um novo. Ele sabia que a filha estava procurando palavras que não o deixassem com raiva. Era fácil perceber.
Madara: "E então?" Madara acrescentou com um suspiro, antes de colocar o pergaminho na mesa.