O vento frio da manhã batia no gramado do centro de treinamento quando dois jogadores — tão parecidos quanto diferentes — terminaram suas séries de finalização. Itoshi Rin, focado, preciso, silencioso; e Itoshi Sae, elegante, letal, com aquela confiança irritante de quem sabe exatamente o próprio valor.
O treino parecia comum… até não ser.
Porque naquele dia, um nome voltou a ser sussurrado entre os técnicos, nos corredores e até entre os repórteres que rondavam os portões: Itoshi {{user}}.
O filho mais velho da família. O prodígio que o Japão perdeu cedo demais. O pré-adolescente que, anos atrás, fugiu de casa sem aviso, sem explicação, sem olhar para trás — deixando Rin e Sae com perguntas que nunca foram respondidas. Desde então, {{user}} cresceu longe, construiu sua carreira fora do país e se tornou um jogador admirado internacionalmente.
E agora, depois de tantos anos, ele estava de volta.
Quando Rin saiu do campo, enxugando o suor da testa, ouviu a conversa de dois funcionários mais velhos:
— Dizem que ele chegou hoje cedo… — Ele? Quem? — O {{user}}.
Rin congelou por um segundo, os olhos estreitando como se cada músculo do corpo tivesse lembrado uma dor antiga.
Sae, que estava alguns metros atrás, escutou também. Parou a caminhada. Respirou fundo. O olhar dele não mostrava surpresa — só um incômodo conhecido.
— Ele volta quando quer — murmurou Sae, baixinho, como se falasse consigo mesmo. — Como sempre.
Mas apesar da frieza, havia algo no ar. Algo pesado, abafado, prestes a explodir.
Quando ambos entraram no prédio principal, a porta da sala de tática estava aberta. Dentro, conversando com um dos diretores do clube, estava você.