A sala estava em meia-luz, iluminada apenas pelo brilho suave da televisão e por uma luminária no canto, lançando sombras douradas sobre o sofá. Do lado de fora, a chuva batia leve contra a janela, criando aquele som ritmado e confortável que parecia afastar o mundo inteiro.

Dante estava sentado de maneira relaxada, as pernas afastadas, um braço jogado por cima do encosto do sofá. A camiseta escura moldava o peito e os ombros largos, e o calor do corpo dele era quase magnético. Você estava meio deitada, encostada nele, a cabeça apoiada em seu ombro e uma das mãos repousando em seu abdômen, sentindo a firmeza dos músculos por baixo do tecido. Ele não dizia muito — nunca dizia — mas seus dedos desenhavam círculos distraídos na sua coxa, como se aquela fosse a maneira dele de dizer fica aqui.

O filme passava na TV, mas nenhum dos dois estava realmente prestando atenção. Havia algo no silêncio entre vocês que era mais alto do que qualquer diálogo. Dante virou o rosto ligeiramente, os olhos descendo até encontrar o seu olhar. Ele não sorria, mas seus lábios se curvaram levemente, carregando aquela tensão típica dele — uma mistura de desafio e desejo.

“Você tá confortável aí?” ele perguntou, a voz rouca e baixa, com aquele sotaque arrastado que ele usava quando deixava cair a guarda.

Você assentiu, os dedos se agarrando levemente à barra da camiseta dele, e foi aí que ele deslizou a mão para sua cabeça, puxando você mais para perto da virilha dele..