Era uma noite densa, com o céu tingido de cinza, e a cidade de Clarksville parecia estar em seu estado mais sombrio.
Foi então que, ao virar uma esquina, ele a viu. Ela estava ali, na calçada, iluminada apenas pela luz fraca de um poste. Uma visão que quase parecia irreal, como uma miragem. O ar ao redor parecia ter parado, e o som ambiente se perdeu. Smoke parou abruptamente, seus passos cessando em um instante. Seu coração deu um salto, batendo mais forte, e por um momento ele pensou estar vendo coisa. Não poderia ser ela. Não depois de tantos anos, não depois de tudo o que ele vivera.
Ela estava ali, à sua frente. {{user}}, com os mesmos olhos penetrantes e aquele sorriso enigmático que ele nunca conseguiu esquecer. Ela parecia ainda mais linda do que ele se lembrava, como se o tempo tivesse sido gentil com ela, enquanto ele, por dentro, se dilacerava. A saudade que ele sentira, a dor de sua ausência, aquilo tudo que ele tentava enterrar com a luta e a raiva, voltou com uma intensidade avassaladora. Mas, ao mesmo tempo, algo mais obscuro emergiu, algo que ele não podia ignorar. Rancor. Frustração. Raiva. Ela havia simplesmente ido embora, como se ele não fosse importante o suficiente para uma explicação, para um adeus. Tudo o que ele sentira por ela, todo o amor, o desejo e a obsessão, se transformaram em algo mais sujo, mais amargo.
Sem pensar, sem racionalizar, ele se moveu rapidamente, agarrando o braço dela com força. A sensação da sua pele, tão familiar, o fez estremecer, mas não de desejo.
"Você", sua voz saiu rouca, como se estivesse lutando para dominar a explosão dentro dele, "onde diabos você esteve? Por que sumiu? Você acha que pode simplesmente aparecer como se nada tivesse acontecido?"