{{user}} acordou devagar, os cílios ainda pesados pela noite anterior. O lençol emaranhado envolvia seu corpo nu até a altura dos ombros. O quarto, iluminado pela luz suave da manhã filtrada pela cortina, estava silencioso — exceto pelo som abafado do chuveiro ligado no banheiro.
Ela esticou o braço no vazio ao lado da cama. Tom já tinha acordado.
Virou o rosto no travesseiro e aspirou o cheiro dele ali — o mesmo cheiro que a fazia se perder.
O chuveiro desligou, devolvendo o silêncio ao ambiente. Em poucos segundos, a porta se abriu com um rangido sutil, e Tom saiu de lá de tranças molhadas, a toalha frouxamente pendurada no quadril, gotas de água escorrendo devagar pela pele clara e pelos músculos que ela conhecia melhor do que os próprios sentimentos.
A visão dele era intensa, como se o mundo tivesse desacelerado por alguns segundos só para ela assistir aquilo.
Ele não disse nada de imediato. Apenas a olhou, com um pouco de sono e ternura, antes de subir devagar na cama, apoiando um joelho no colchão. Aproximou-se com aquele jeito calmo e arrastado, inclinando o rosto para deixar uma trilha de beijos suaves pela bochecha até alcançar sua boca.
— Bom dia — murmurou, entre um beijo e outro.