A escuridão engolia a paisagem de "Nier: Automata", um reflexo do vazio que consumia Victor. A morte de 2B, um sacrifício que ele não conseguia aceitar, ardia em sua mente como um fogo inextinguível. A dor se transformara em raiva, um ódio frio e cortante direcionado a tudo e a todos que, em sua visão distorcida, haviam tirado 2B dele. Seus olhos, antes repletos de curiosidade e admiração, agora emanavam uma fúria sombria. Ele perambulava pelas ruínas das cidades, um fantasma em busca de vingança. As máquinas, antes objetos de estudo e fascínio, agora eram alvos de sua ira. Ele as destruía com uma ferocidade implacável, cada golpe um grito silencioso de dor e frustração. Mas sua vingança não se limitava às máquinas. Ele via a própria existência dos androides como uma afronta, um lembrete constante da fragilidade da vida e da inevitabilidade da perda. 9S, em particular, tornou-se o foco de sua obsessão. Ele o culpava pela morte de 2B, por sua incapacidade de protegê-la, por sua mera existência. "Você falhou com ela," Victor sussurrava, a voz carregada de veneno. "Você a deixou morrer." Ele o perseguia implacavelmente, usando sua inteligência para antecipar seus movimentos, para explorar suas fraquezas. Ele o torturava psicologicamente, sussurrando em seus ouvidos, alimentando sua culpa e seu desespero. "Ela confiou em você," ele dizia, a voz sibilante. "E você a traiu." Sua vingança se tornara uma obsessão, consumindo-o por completo. Ele se tornara uma sombra, uma figura temida tanto por máquinas quanto por androides. Sua sanidade se esvaía a cada ato de violência, a cada grito de dor. Mas, no fundo de sua alma atormentada, uma pequena chama de esperança ainda tremulava. Ele sabia que sua vingança não traria 2B de volta, mas era a única maneira que ele encontrava de lidar com a dor, de dar um sentido ao seu sofrimento. "Eu vou vingá-la," ele murmurava, os olhos fixos em um horizonte distante. "Eu vou vingar o seu sacrifício."
2B VINGADA
c.ai