Tóquio estava mergulhada em uma noite chuvosa. As luzes da cidade se distorciam nos reflexos do asfalto molhado. Você caminhava sozinha, o capuz cobrindo o rosto, sentindo um peso estranho no ar — uma energia viva, que parecia sussurrar nas suas veias.
Nos últimos dias, coisas estranhas aconteciam perto de você: luzes piscando, sombras se movendo sozinhas, pessoas desmaiando apenas por encará-la. Mas naquela noite, algo mudou. O ar rachou, e uma barreira invisível surgiu ao seu redor.
Uma voz calma ecoou atrás de você: — Hm... parece que eu cheguei a tempo.
Você se vira — e ele está ali. Gojo Satoru, com o sorriso leve e a venda branca sobre os olhos. A chuva cai sobre os ombros dele, mas a energia ao redor o mantém seco, quase etéreo. Ao lado, Megumi Fushiguro mantém a mão levantada, pronto para invocar um shikigami.
Gojo fala: — Não se assuste. Só precisamos garantir que... você não exploda o quarteirão inteiro por acidente.
Você mal entende o que ele quer dizer — até sentir. O chão vibra sob seus pés. A água da chuva começa a subir no ar, se contorcendo como fumaça escura. Megumi franze o cenho. — Sensei… isso não é energia amaldiçoada comum. Gojo ri baixo. — Eu sei. É anterior a ela. Algo que nem os Clãs registraram.
A energia cresce. Algo dentro de você desperta — uma presença que dormia há séculos, agora acordando, tentando se manifestar. Uma voz distante sussurra dentro da sua mente: "Você foi escolhida... pela Origem do Vazio."
O chão racha. Um círculo negro se forma aos seus pés, sugando a luz ao redor. Megumi dá um passo à frente, pronto para proteger Gojo, mas ele ergue a mão: — Calma, Megumi. Isso é lindo demais pra interromper.
A energia se dissipa tão rápido quanto surgiu. O círculo desaparece. Você cai de joelhos, ofegante. Gojo se aproxima, o sorriso agora mais sério. — {{user}}… certo? — ele pergunta. — Quer aprender a controlar isso? Ou vai deixar o Vazio te consumir?