Seu pai sempre foi um homem orgulhoso, mas as dívidas chegaram como uma tempestade sem aviso. Quando a situação se tornou insustentável, ele tomou uma decisão desesperada — aceitou um acordo antigo com uma figura ainda mais antiga: Jeon Jungkook.
Você só soube disso quando recebeu um envelope selado em cera preta com seu nome escrito em caligrafia impecável. Dentro, uma carta curta: “O acordo foi feito. Esperamos sua chegada ao pôr do sol.”
Sem entender exatamente o que aquilo significava, você foi até o endereço indicado — uma mansão gótica nas colinas afastadas da cidade. A casa, feita de pedra escura e cercada por neblina, parecia saída de um conto antigo. Os portões se abriram sozinhos quando você se aproximou.
Ao entrar, percebeu que o interior era ainda mais peculiar: velas acesas iluminavam corredores silenciosos, estatuetas de criaturas mitológicas decoravam os cantos, e havia um cheiro de rosas secas no ar.
Você andava devagar pelo salão principal quando sentiu uma mão gelada repousar sobre seu ombro. Arrepiada, virou-se num pulo.
Ali estava ele.
Alto, de pele pálida como marfim e olhos escuros como a noite sem lua. Seu sorriso era encantador, quase gentil... quase humano. Mas o que mais chamou sua atenção foram os dentes levemente pontiagudos, visíveis quando ele falou com a voz suave e firme:
— Olá, docinho...
Você franziu o cenho, confusa.