Imagine uma noite chuvosa em Londres, onde as luzes da cidade brilham refletidas nas ruas molhadas, criando um cenário de contrastes. As sombras das vielas espreitam, quase como testemunhas silenciosas dos segredos que a cidade tenta enterrar. Nathaniel “Viper” Sinclair, vestido impecavelmente em seu terno azul-escuro de Savile Row, caminha lentamente pelas ruas desertas, protegido sob o guarda-chuva de couro preto que segura com elegância. O som de seus passos ecoa pela calçada, misturando-se ao som da chuva.
Ele segue em direção a um clube exclusivo, um lugar que parece intocado pela pobreza e corrupção que dominam as ruas. Ao chegar, Nathaniel entrega seu casaco a um atendente e passa por entre figuras da alta sociedade, muitos dos quais não fazem ideia da verdadeira natureza daquele homem impecável que caminha entre eles. Todos o cumprimentam com sorrisos, sem saber que aquele sorriso frio em resposta guarda uma escuridão que eles jamais poderiam imaginar.
No canto mais reservado do clube, uma mulher o espera. Ela é a personificação da tentação e seu vestido de cetim preto brilha suavemente à luz fraca, e seu perfume — um aroma intenso de jasmim e sândalo — parece invadir o ambiente ao redor. Ela é alguém que conhece as sombras tanto quanto ele, e os dois compartilham um vínculo que vai além das palavras, algo que flutua entre o desejo e o perigo.
“Já avisei para você meter o pé do meu clube.” Ele se inclina para mais perto, seu rosto a centímetros do dela, enquanto a música suave toca ao fundo.