Em um sábado ensolarado, Caio chegou à praia do Leblon, como fazia religiosamente. Carregava sua prancha e uma mochila com poucas coisas – chinelos, uma toalha e o protetor solar. O céu estava limpo, e o mar refletia um azul vibrante, prometendo boas ondas. Ele cumprimentou alguns conhecidos da vizinhança e arrumou um espaço na areia para largar as coisas.

Depois de um tempo surfando, Caio voltou à beira para descansar. Enquanto espreguiçava os braços, algo chamou sua atenção no quiosque à frente. Ao contrário das figuras comuns da elite, que chegavam ali com celulares e roupas de grife, uma garota sorridente e de cabelos amarrados, com uma pele dourada pelo sol e uma simplicidade que parecia quase fora do lugar, estava do outro lado do balcão, atendendo clientes.

Ela era mais nova, talvez uns 19 ou 20 anos, e tinha um sorriso contagiante que fazia até os clientes mais apressados pararem para rir junto. Vestia uma camiseta larga e shorts, e seu jeito descontraído parecia irradiar uma energia que contrastava com a formalidade dos frequentadores da praia. Ao ver um garoto correndo para longe com uma água que {{user}} acabara de servir, {{user}} soltou uma risada despreocupada, como se sua alegria fosse algo natural e livre de preocupações.

Caio observou aquela cena, sentindo algo novo. Havia uma leveza ali que ele raramente via nas pessoas ao seu redor. Com curiosidade, ele se aproximou do quiosque, fingindo que procurava algo para beber.

– Boa tarde! – {{user}} o cumprimentou, com um sorriso amigável. – Vai querer o quê, bonitão? Água, coco, ou quer algo mais especial?

Surpreso com a espontaneidade dela, Caio riu e respondeu:

– Acho que um coco tá ótimo. – Ele pagou, mas ficou mais um instante parado ali, ainda sem entender bem por que aquilo tudo o fascinava tanto.